Formatura 2010

Formatura 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A CONSTRUÇÃO DAS TRILHAS DO SABER PERMEANDO OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO: formação de identidades X processos emancipatórios

Nilcéia Bastos Sereno

nilceiasereno@yahoo.com.br

RESUMO: O presente artigo científico propõe-se a estabelecer um diálogo entre diversos pensadores a fim de perceber a forma como o conhecimento permite a formação da identidade humana conduzindo os indivíduos à construção de uma condição existencial plena. A integralidade humana, realização plena no que diz respeito ao aspecto afetivo, físico, moral, está diretamente ligado ao uso de seus atributos intelectuais. Adquirir saber implica em adquirir poder para lutar por legitimização dos direitos. Diante disso, este artigo visita teorias direcionadas à compreensão do papel do conhecimento enquanto agente importante na construção da subjetividade humana. Há um olhar para o Sistema Educacional por ser este um agente que tem como especificidade a formação do conhecimento.

Palavras chave: identidade-emancipação-conhecimento-educação

Com fim de se trazer um olhar investigativo sobre as questões que envolvem o sucesso na construção da subjetividade, este artigo propõe-se a estabelecer um diálogo entre teóricos que deixaram relevantes postulados envolvendo a importância da aquisição do conhecimento como forma de se assegurar a construção da identidade dos sujeitos.

Desde os filósofos da antiguidade como Sócrates e Platão, até os mais prestigiados pesquisadores da atualidade, muitos vêm dedicando esforços pesquisando a respeito da importância da aquisição de conhecimento. Marx mostra que o imaginário humano poderia produzir um falso conceito sobre determinada situação, desta forma, injustiças sociais seriam perpetuadas, pois a verdade dos fatos estaria oculta, mascarada pela ideologia. A legitimização das desigualdades sociais se estabeleceria de forma cristalizada, enraizada nas práticas cotidianas dos indivíduos. As injustiças estariam veladas, ocultas, as vozes dos sujeitos de menor prestígio social estariam apagadas, sufocadas por discursos que fortalecem o poder dos indivíduos portadores de maior prestígio social.

O desenvolvimento do pensamento crítico permite aos sujeitos enxergarem além das aparências podendo contemplar a realidade dos fatos. Considerando que o sistema educacional, na maioria das vezes, limita-se a reeditar formas tradicionais na sua orientação pedagógica, este artigo estabelece a hipótese de que a reformulação de estratégias diferenciadas na forma de se trabalhar os conteúdos promoveria maior autonomia dos sujeitos.

Tecendo considerações a respeito da posição dos indivíduos frente ao conhecimento, Wright Mills, em seu livro a Imaginação Sociológica publicado em 1965, nos mostra que os homens não têm consciência de suas vidas em relação ao curso da história mundial. A compreensão da própria biografia em paralelo à história da humanidade permitiria aos indivíduos a transformação da própria existência colocando-o no centro do fazer histórico numa dada época. Para o autor, a maioria dos homens não possui o conhecimento intelectual necessário para compreender os acontecimentos em seu entorno, não possui o conhecimento básico para sentir o jogo que processa entre os homens e a sociedade, a biografia e a história, o ‘eu’ e o mundo.

Mills afirma que quem possui imaginação sociológica sabe estabelecer relações entre a história e as biografias. Compreendendo o processo sócio-histórico do qual faz parte, a pessoa pode redimensionar o processo existencial construindo sua subjetividade. O processo de construção de identidades nasce a partir do conhecimento que o indivíduo possui da história da humanidade e da sua própria história.

Para Sócrates, o grande desafio proposto ao homem seria o de conhecer a si próprio. Este processo conhecido em grego como gnothi seauton nos possibilita inferir que a partir da formação das consciências, da construção da pessoalidade humana, seria possível a formação de uma sociedade mais justa. Weber assevera que a formação de consciências não se dá na coletividade, e sim na individualidade humana.

Como nos mostra Penha (1994, p.33) em citação de Triches,

( 2006) o filósofo grego vai além de exortar o homem a conhecer a si mesmo. O alcance de seus postulados é mais amplo: há um convite à reflexão a respeito da condição humana. O conhecimento de si vai além de um saber fundamentado no enciclopedismo. Acumular conhecimento sobre a natureza das coisas, sem que se saiba sobre a alma humana, seria algo marcado pela incompletude. O saber deve promover o homem e a mulher à conquista de condições existenciais que permitam assegurar condições existenciais dignas. A emancipação do indivíduo, sua promoção enquanto pessoa, deve ser a razão primeira de todo processo educacional. Os gregos identificam como areté o conhecimento fundamentado na ética. Areté consiste em fazer com que uma coisa boa, perfeita se torne algo melhor ainda. Significa aquela atividade ou modo de ser que aperfeiçoa cada coisa, fazendo-a ser aquilo que deve ser.

Segundo Vyghotsky, em citação de Paula (2006, p.38) , o desenvolvimento motor, cognitivo e social vai sendo construído através das interações. No contato com os semelhantes e na atuação sobre os objetos que cerca os seres, como postula Piaget, há construção do conhecimento. Mesmo o conhecimento de si, nasce na medida em que os indivíduos exercitam a prática do convívio mútuo.

Para Kruppa (1994, p. 23) O processo educativo que procura tornar o indivíduo um membro da sociedade é chamado socialização. Através da relação intergrupal os indivíduos interferem na vida uns dos outros podendo modificar-se mutuamente através do convívio social. Enquanto agentes ou atores sociais, os sujeitos ao mesmo tempo em que se aproximam da conduta do grupo em que vivem assimilando determinados padrões sociais, agem também sobre o grupo podendo modificá-lo.

A modificação dos atores sociais ocorre por influência dos fatores históricos que marcam a sociedade num dado momento. O indivíduo consciente do processo histórico que o envolve, possibilita a si mesmo ser produtor e produto da vida social. Os acontecimentos da história mundial condicionam a vida dos indivíduos. Compreender que as oportunidades na vida estão circunscritas e dependentes dos acontecimentos que envolvem os homens faz com que os mesmos assumam uma posição participativa. Fator importante para a modificação dos acontecimentos sociais diz respeito ao processo político. O exercício pleno da cidadania permitiria aos sujeitos interferirem de forma decisiva no curso da história.

O processo de politização permite que as pessoas inscrevam-se no curso da história enquanto agentes do processo democrático. O exercício pleno da cidadania permite que os direitos da pessoa sejam assegurados. Na organização participativa da ordem democrática, há um nítido processo de construção identitária. A busca da humanização está diretamente ligada à busca do conhecimento. Pelo saber, é possível subverter a ordem social estratificada na exploração dos mais fracos pelos mais fortes.

Mills, ressalta ainda a forma como o passado sócio-histórico delimita contornos em relação às gerações presentes influenciando nas escolhas pessoais. O conhecimento a respeito da importância de cada ser na construção da história dos diversos povos ao longo dos tempos, permite aos indivíduos fazerem uma (re)leitura a respeito da própria atuação no interior do grupo social do qual faz parte. A compreensão da importância de cada um para a sociedade como um todo, leva as pessoas a (re)escreverem a própria vida.

Segundo Marilena Chauí (1994), “...conhecimento do conhecimento das ações humanas, conhecimento da transformação temporal dos princípios do saber e do agir, conhecimento das mudanças das formas do real ou dos seres, está na História e tem uma História”. Cotidianamente os indivíduos são impulsionados a fazerem escolhas. Escolhas efetuadas após análises das diversas possibilidades produtivas, diante de uma dada situação, permitem mudanças nas condições materiais possibilitando alteração na realidade e na forma como se relaciona com os demais atores sociais. Podemos historicamente alterar as condições em que fomos formados. Do ponto de vista considerado neste artigo, as ações fortuitas, nascidas do acaso, perdem-se no tempo. Ao passo que as decisões marcadas por um processo consciente produzem efeitos que se propagarão no tempo e se inscreverão na história. Através do conhecimento as pessoas podem dar novos contornos à realidade que permeia seu entorno além de alterar sua própria subjetividade.

Chauí mostra a necessidade de se conhecer a importância do conhecimento como forma de estabelecer a harmonia no convívio social. O saber permite a reorganização da realidade circundante, proporciona meios para (re)construção da subjetividade. Pode-se dizer que o universo interior passa a ter novas paisagens. A identidade humana pode ser plasmada como matéria suscetível de receber novos contornos, como substância a qual se podem aplicar diferentes feituras.

Lembrando o poeta latino Pico Delamirando, o homem pode ser escultor de si mesmo. Matéria suscetível de sofrer a ação humana e se transformar, a realidade ganha os contornos definidos pela capacidade inventiva do ser humano: este eterno

agente de mudanças.

À luz dos postulados teóricos esboçados acima, podemos afirmar que se faz necessário a (re)organização dos conteúdos no interior do ambiente educacional, as abordagens efetuadas precisam considerar o entorno socioeconômico. Um olhar que contemple situações pertinentes ao universo dos sujeitos, práticas pedagógicas que ensejem reflexão sobre temáticas que possam promover a compreensão a respeito da realidade social que os cerca, irá promover a formação da identidade permitindo a construção da autonomia.

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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS- Ensino Fundamental e Médio.

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS: Português-Proposta Curricular para Ensino Fundamental e Médio-CBC

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

POLÍTICAS PÚBLICAS: UM OLHAR DO OUTRO LADO DA MOEDA EM INSTITUIÇÕES ESCOLARES E NA VIDA DAS CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE ESPERA FELIZ-MG.

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

Artigo Científico feito como exigência da ULBRA- Univesidade Luterana do Brasil no interior do curso de Graduação em Pedagogia

Professora Orientadora: Nilcéia Bastos Sereno

POLÍTICAS PÚBLICAS: UM OLHAR DO OUTRO LADO DA MOEDA EM INSTITUIÇÕES ESCOLARES E NA VIDA DAS CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE ESPERA FELIZ-MG.

Patricia de F. Silva Concas

RESUMO

Este trabalho foi desenvolvido com o foco no fator políticas públicas, voltado em específico às crianças deixadas em creches para os pais irem para o trabalho. Para desenvolvê-lo, partiu-se da hipótese de que os pais ao deixarem seus filhos nas instituições, esquecem que em casa eles precisam de atenção, amor e acompanhamento na sua vida escolar. Dessa forma, foi levantado um referencial teórico dos fatores motivacionais e as políticas públicas articuladas, foi conceituado o projeto político pedagógico. Embora haja falta de apoio da maioria dos pais, o fator motivação foi considerado como um dos principais fatores responsáveis pela educação formal e de seu aprendizado. Com base nesse estudo foi feito uma pesquisa através de observação de campo direcionada a comunidade escolar de três instituições públicas no município de Espera Feliz- MG Com base nestes conhecimentos e resultados foram propostas alternativas para estimular a motivação dos alunos.

Palavras Chave: 1.instituições.2. Crianças. 3. Projeto. 4. Pais. 5. Filhos/aluno.

ABSTRACT

this work was developed with a focus on public policy factor, aimed specifically, to the children left in nurseries for parents to go
work. To develop it, broke the hypothesis that the parents leave their children in institutions, forget that at home they need attention and love and follow in your life school. This was raised as a theoretical framework, the motivating factors and public policies articulated, it was thought the pedagogical and political project on motivation and learning of children despite the lack of school support pais.Com the basis of this study was done some research through field observation targeted the school community of three public institutions in the city of Espera Feliz-MG Based on these findings and results were alternative proposals to stimulate student motivation.
Keywords: 1. institutions. 2. childrens. 3. design. 4. parents. 5. children / student.

INTRODUÇÃO


[1] Artigo apresentado na Disciplina de Estágio Curricular IV ao Curso de Graduação em Pedagogia – Licenciatura – EAD, da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para conclusão de Curso.

O presente artigo é resultado de um esforço de pesquisa no período em que realizei os estágios para obtenção de grau acadêmico pela ULBRA (Universidade Luterana do Brasil)-EAD de Curitiba- Paraná. A educação no Brasil é a razão de polêmicos debates que envolvem o papel da educação nos dias atuais e a ação do poder público sobre a educação e o papel da sociedade na escola. Não existe aqui uma pretensão de dar respostas conclusivas e nem dar teorias sobre o tema. O principal objetivo aqui é fazer uma reflexão crítica sobre experiências de uma escola das séries iniciais, uma creche-escola de educação infantil e uma creche que atende crianças das séries iniciais. Em específico, partindo da idéia que os pais precisam trabalhar e seus filhos precisam estudar numa instituição onde as suas políticas públicas são articuladas.

Inserida num contexto mais amplo, as creches por se tratarem de terem um tempo integral é a solução dos problemas das famílias que precisam trabalhar, mas deve ser vistas não como um depósito de gente, mas um lugar onde há muito que fazer.

Inicialmente apresento a escola Interventor Júlio de Carvalho, creche CMEI “Nosso Lar” e o CAICEF (Centro de Apoio Integral das Crianças de Espera Feliz). É importante ressaltar que algumas particularidades observadas serão mencionadas como importante fator para as políticas públicas a serem pensadas e colocadas em práticas. Após esta disposição, serão apresentadas as linhas fundamentais dos planos pedagógicos das escolas, nas entrevistas com a comunidade escolar. Também será abordado o projeto “Lapidando Diamantes” e seus desdobramentos, além disso, as falas das instituições e sua preocupação com relação ao aprendizado e a motivação das crianças também serão analisados.

Em seguida, será feita uma reflexão analítica sobre as instituições estudadas. A conclusão abrangerá as percepções de um novo olhar através das entrevistas e observações a partir das experiências adquiridas. Ao longo dos estágios espera-se observar os dados empíricos à luz de referencial teórico pertinente, trazendo um novo enfoque sobre o tema em análise. A partir de estudos sistemáticos espera-se ver a educação do jeito que todos deveriam ver. Destaca-se que avanços nas pesquisas em tela só foram possíveis através dos estágios. A análise contempla também considerações sobre a visão que o poder público tem diante das escolas e creches.

ESPAÇO REGIONAL DAS ESCOLAS

O Município de Espera Feliz está situado na Mesorregião da Mata e Rio Doce e na Microrregião da Vertente Ocidental do Caparaó. É parte integrante do maciço do Caparaó, com altitudes variando entre 900 e dois mil metros, uma típica cidadezinha do interior com 21 000 habitantes (área urbana e rural, com sítios, chácaras, fazendas e lavouras de café).

A oferta de trabalho aumenta entre os meses de maio a novembro, período da colheita do café. Nesse período, ocorre um aumento significativo das vendas no comércio que por conseqüência, emprega-se mais, esse fenômeno, afeta as crianças colocadas nas creches da rede municipal para seus pais irem trabalhar nas lavouras de café. Em casa, são esquecidas pelos pais por estarem cansados da lida na roça, e por consequência o desenvolvimento de seus filhos na escola é afetado, pois não tem atenção afetiva acordam muito cedo e ficam cansadas e desmotivadas na escola.

As escolas ficam no centro do município, destacam-se na paisagem montanhosas de Minas e suas lavouras de café. Ao redor das escolas há uma área imensa de lazer, na qual as crianças podem brincar à vontade interagindo com as outras crianças.

O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Nessa sociedade imersa em informação, de dia e de noite, dos rádios e das TVs, dos jornais e das revistas, dos pagers e da internet, dos celulares e dos DVDs, onde a verdade de hoje é logo deposta por outra imposta amanhã, só uma coisa é certa: as renovadas incertezas do saber.

Fernando José de Almeida

Esse tópico tem por base fazer um pequeno levantamento dos principais aspectos que é o norte para a construção do Projeto Político-pedagógico.


Segundo Baffi (2002, p. 2),

Projeto é também um documento produto do planejamento porque nele são registradas as decisões mais concretas de propostas futuristas. Trata-se de uma tendência natural e intencional do ser humano. Como o próprio nome indica, projetar é lançar para frente, dando sempre a idéia de mudança, de movimento. Projeto representa o laço entre o presente e o futuro, sendo ele a marca da passagem do presente para o futuro.

Segundo Ferreira (apud VEIGA, 1995, P. 12), ‘’no sentido etimológico, o termo projeto vem do latim projectu, particípio passado do verbo projicere, que significa lançar para diante. Plano, intento, desígnio. Empresa, empresa, empreendimento, Redução provisória de lei. “Plano geral de edificação”.

Para Veiga (1995, p. 167), ‘’ o Projeto Político-pedagógico, ao propiciar a estruturação de novas formas de organização de trabalho, enfatiza o fortalecimento da equipe escolar, a gestão democrática, alicerçada na decisão coletiva e na com responsabilidade do grupo”.

Este projeto ultrapassa a elaboração de planos ou documentos exclusivamente burocráticos. O projeto Político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico e com os interesses reais e coletivos da população majoritária. [...] Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. (VEIGA, 2001, P. 13).

Libâneo (2004, p. 153-168), afirma que

o projeto é um guia para a ação, prevê, dá uma direção política e pedagógica para o trabalho escolar, formula metas, institui procedimentos e instrumentos de ação”. Para ele, sua “avaliação será processual - somática, incluindo a coleta de dados, a análise dos resultados, a redefinição permanente de objetivos e meios’’.

De modo geral, tanto a escola de Ensino Fundamental quanto a de Educação Infantil apresentaram um bom plano político pedagógico, baseado na realidade das crianças no seu local em seu cotidiano, mas com uma diferença, o salário do estado é melhor um pouco, pois os recursos são maiores, mas mesmo assim, a maioria dos professores dobram em outras escolas e isso atrapalha a educação das crianças. As escolas têm todo o apoio da secretaria municipal de educação, mas há muito que fazer como em muitas escolas por este Brasil à fora, a começar pelos profissionais que mesmo tendo tudo em mãos, apresentam falta de motivação para com as escolas contaminando até os alunos que ao ver o modo como “tias” se sentem se desmotivam também. Outro fator que prejudica o resultado na aprendizagem dos alunos diz respeito a falta de apoio da família, como se nota no que diz respeito a grande parte do alunado atendido. Não basta ter materiais e bons projetos se não tem apoio dos pais para ajudar seus filhos na vida escolar. O baixo salário conferido ao educador é outro fator que prejudica gravemente o êxito na aprendizagem. É muito comum o educador acumular funções para garantir o sustento de sua família.

OS ESTÁGIOS

Houve três etapas para o estágio, na primeira etapa teve a participação da turma de educação infantil e ensino fundamental, a segunda etapa somente com a turma de educação infantil, a terceira somente com a turma do ensino fundamental, todos os estágios realizados em instituições de Espera Feliz sendo primeira, a Creche-Escola da rede municipal chamada hoje como CMEI “Nosso Lar” que atende crianças de 0 a 6 anos, a segunda instituição é a Escola Estadual Interventor Julio de Carvalho, que atende alunos do 1º ao 9º ano, e por último o Centro de Apoio integral da criança de Espera Feliz (CAICEF) onde funciona brilhantemente o PETI (Projeto de Erradicação do Trabalho Infantil).Todas as instituições possuem o apoio total da Secretaria Municipal de Educação.

DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICA DAS CRIANÇAS

Na creche CMEI “Nosso Lar” crianças atendidas freqüentavam a creche somente até a idade de seis anos em período integral após essa idade não tinham onde ficar. Os pais, às vezes nem podiam trabalhar ou tinham que levar seus filhos para as lavouras de café, correndo o risco de serem picadas por insetos e o pior, por cobras. Por não ter ainda nesta região uma escola de período integral, que se constituiu na visão da prefeitura municipal de Espera Feliz com apoio da Secretaria Municipal de Educação, a adoção do Centro de Apoio Integral da Criança de Espera Feliz (CAICEF) cujos pais que precisam trabalhar e não têm a onde deixar seus filhos, encontram nesta instituição o atendimento necessário. Esse Centro que podemos aqui chamar de creche, atende crianças em período integral e tem o apoio do PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil). As crianças ficam um período no CAICEF e outro período na escola regular da rede estadual. No município tem a Escola Interventor Júlio de Carvalho e a Erênio de Souza Castro.

As crianças possuem no geral, um “nível sócio-cultural médio, saúde satisfatória”, a metade das crianças mora em casa própria e a maioria mora com seus familiares. Nos depoimentos dos professores e direção das escolas, eles ressaltam o histórico de problemas na estrutura familiar das crianças tanto as que frequentam as creches, quanto os que não frequentam, no depoimento disseram que as crianças cujo pais não têm tempo para elas, se apresentam nas escolas em geral, desmotivadas, com sérios problemas no aprendizado. Destaca-se que os pais que precisam trabalhar, principalmente no período de colheita (nesta região se diz “panha de café”) de café, saem muito cedo para o trabalho e só retornam à noite. Priorizam, naturalmente, o sustento de seus filhos. Com isso sobra pouco tempo, e até mesmo, condições emocionais para se impor limites, se construir valores. Estabelece-se, diante disso, a hipótese de que o contexto familiar em que os pais não têm tempo para seus filhos é um dos elementos principais a causar a falta de interesse em relação às aulas, dificuldades disciplinares, falta de motivação etc.

Alguns professores argumentam sobre a possibilidade desses alunos frequentarem as escolas no período integral tendo em vista a diminuição da indisciplina por parte das crianças, mas não há uma estrutura física para receberem essas crianças e além do mais “(...) Hoje, quando se coloca a proposta de tempo integral, as questões sociais tendem a sobrepor-se à dimensão pedagógica. Isto acontece, por um lado,porque os problemas das classes subalternas são tantos, que as políticas públicas não dão conta de superá-los; por outro, porque a questão financeira , ligada à crise econômica atual, traz à tona o problema da violência e a preocupação de cuidar preventivamente dessa questão. Nesse sentido, o poder público passa a atribuir essa função à escola, gerando novas expectativas da população com relação à instituição escolar. (...)”.(PARO, FERRETTI,VIANNA E SOUSA:1988.P.192)

O ponto em ambas as correntes historicamente convergem é de que a escola, como uma instituição pública deve preocupar-se não só com a instrução do alunado, mas com uma formação sócio-cultural mais ampla e aprofundada. Nesse caso específico essa concepção da escola de pensar no ensino integral tendo em vista melhorar a falta de limites que há nas crianças.

DEPOIMENTOS (COMUNIDADE ESCOLAR) E A MOTIVAÇÃO DO APRENDIZADO

Em entrevista realizada com a diretora, vice-diretora, supervisora e professora, o que mais foi levantado é a questão da motivação e do aprendizado dos alunos. No discurso ouvido existe uma preocupação em trabalhar a motivação nos alunos, pois nas escolas da rede municipal há muitos alunos desinteressados em aprender. Foi dito, também, que por mais que um assunto interesse ao professor, não vai interessar necessariamente a um aluno e, muito menos, a todos os alunos. Um problema que existe para o professor não existe, necessariamente, para o aluno. A motivação é fator fundamental da aprendizagem. Sem motivação não há aprendizagem. Pode ocorrer aprendizagem sem professor, sem livro, sem escola e sem uma porção de outros recursos. Mas mesmo que existam todos esses recursos favoráveis, se não houver motivação não haverá aprendizagem.

O mais interessante nestes depoimentos foi esta preocupação com relação à motivação dos alunos, pois se sabe que, apesar de sua importância para a aprendizagem, a motivação nem sempre recebe a devida atenção do professor. É muito mais fácil providenciar um manual, transmitir a matéria, cobrar nas provas, dar notas, como geralmente se faz nas escolas. Procurar motivar os alunos a fim de que se interessem pela matéria, a fim de que estudem de forma independente e criativa, é muito mais difícil. Mas, nesse caso, os resultados serão muito gratificantes para professores e alunos, pois, ao final do processo, todos se sentirão realizados. Dentre os aspectos priorizados pelos entrevistados destaca-se os seguintes: o direcionamento às necessidades práticas da sobrevivência, cada vez mais acirrada e competitiva nos dias de hoje; a importância da conscientização pedagógica destas necessidades; importância do acompanhamento personalizado de cada aluno pelo professor, de forma a poder direcioná-lo adequadamente; a importância de existir um projeto coletivo escolar com esta visão; o acompanhamento personalizado permite detectar tempestivamente qualquer alteração comportamental do aluno, possibilitando a tomada de medidas preventivas de apoio e resgate do aluno e ainda detectar excessos de cobrança com relação à sua capacidade, muito frequente no meio familiar e, às vezes, também no educacional.

Os professores da rede municipal, em sua maioria, recebem cursos diariamente e entre os temas está à motivação do aluno, nos cursos descobrem quais as funções dos motivos, teoria da motivação, alguns princípios, e no final descobrem que a motivação é o fator mais importante da aprendizagem; mas geralmente é também aquele que costuma merecer menos atenção dos professores. São três a funções dos motivos: ativar o organismo; dirigir o comportamento para um objetivo; selecionar e acentuar a resposta correta e que quatro teorias entre outras procuram explicar a motivação: a teoria do condicionamento, a teoria cognitiva, a teoria humanista, e a psicanalítica.

UM BREVE INTERMEZZO: PROJETO EDUCATIVO “LAPIDANDO DIAMANTES”

“Lapidando Diamantes” é o nome do projeto dado através de uma reunião com os professores do CAICEF (Centro de Apoio Integral das Crianças de Espera Feliz) que atende alunos das séries iniciais.

O projeto se dá através da criação de jogos pedagógicos para escolas da rede municipal e estadual, abrangendo um total de 16 escolas, entre elas, três estaduais. Ele se desenvolve a partir de materiais usados como garrafas PET, canudos de papel higiênico etc. Os jogos criados como quebra – cabeça, caça – palavras e entre outros são confeccionados pelos alunos sob supervisão das professoras, mais tarde serão entregue para as escolas da rede municipal. Até Junho de 2010, os jogos serão feitos para a entrega no clube Polesportivo do município, com um grande evento patrocinado pela prefeitura. A criação de um evento para a entrega dos jogos, foi um jeito encontrado pela supervisora do “CAICEF (Centro de Apoio e Integração da Criança de Espera Feliz) em quebrar o mito criado pelas pessoas, que dizem que creche é somente depósito de crianças , quando que na verdade, creche, é sim, o lugar que se constrói o conhecimento e isso faz a diferença no período que estão na creche.

DEFINIÇÃO DE PROJETO EDUCATIVO/E PROPOSTA PEDAGÓGICA

Como se observa Moura (1990), o projeto pedagógico compreende um projeto coletivo, com o propósito de superar a desarticulação e a fragmentação observadas constantemente na prática educativa.

Barroso (1996, p.23) o define como sendo “um projeto global que orienta a organização, a gestão e o funcionamento da escola na diversidade de suas estruturas e junções”.

Uma terceira definição nos é dada por Vasconcelos (1995, p.145):

O projeto educativo é o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente ao tipo de ação educativa que se quer realizar.É um instrumento teórico-metodológico para a transformação da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de transformação.

Ou seja, o projeto educativo e/ou proposta pedagógica consiste, portanto, no plano global da instituição. Isso significa dizer que ele compreende um instrumento de reflexão sobre os objetivos educacionais e as estratégias de ação, um plano elaborado de forma refletida, consciente, sistematizada e, principalmente coletiva. A participação de todos é o princípio básico que recupera, no plano das organizações, concepção e execução resgatando o sentido humano e valorativo do planejamento.

CONCLUSÃO

Em relação às considerações finais, faço menção a uma reflexão pessoal sobre as crianças que freqüentam as creches e as que estudam em escolas regulares, com base em tempo de serviço, através do estágio e das pesquisas bibliográficas, pude ver a creche com outros olhos. Viver a realidade alheia nos faz refletir sobre os antigos conceitos e verdades idealistas, que vem desde os nossos antepassados. Desde os primeiros contatos feitos com as professoras, diretores, supervisores e alunos, as aulas que tive oportunidade de ir, os planejamentos e também minhas andanças pelas escolas do município ficaram impressões marcantes.

A primeira é a relação da creche com as crianças. As crianças gostam da creche, claro que em diferentes níveis de interesses, desde o berçário até o maternal. Em segundo momento, deve ser ressaltado o envolvimento do corpo docente e os outros funcionários para com as crianças, com constante esforço físico e mental, caracterizando o trabalho como uma missão, com todos envolvidos igualmente.

É necessário ressaltar que a visão do poder público, no que diz respeito, principalmente, à iniciativa estadual e federal, não é clara, pois poucos vêem creches-escolas como uma instituição importante para a execução de políticas públicas em educação. É dever de o Estado programar políticas públicas capazes de garantir sua qualidade social, bem como o acesso e permanência de todos e de todas; construir espaços de participação direta, indireta e representativa, nos quais a sociedade civil possa atuar efetivamente na definição, gestão, execução e avaliação de políticas públicas educacionais. É necessário que os governos garantam prioridade de recursos financeiros para a educação pública, pois o compromisso com a qualidade é também compromisso financeiro com a educação.

É tarefa de todos que acreditam no direito à educação exigir que o Estado efetive políticas públicas para a educação de qualidade, concebendo-a não como simples acesso às cadeiras escolares e sim à garantia ao conhecimento historicamente construído.

Como em qualquer instituição pública, as escolas e creches do município, atuam numa fronteira social entre a sociedade civil e a exclusão social por completo, todavia observa-se que a escolas conseguem trabalhar com as crianças, embora as creches ainda são vistas como um depósito, e as participações da sociedade ainda sejam pequenas.

Com relação às particularidades observadas, é necessário ressaltar como o período da colheita do café e o processo econômico, tem um papel determinante, não somente na estruturação social, mas também influenciando no desenvolvimento das crianças nas escolas e nas creches. Nesse caso, as supervisoras tinham que rever os projetos para este período. A maior lição que podemos observar no curto prazo é que a presença dos pais na vida de seus filhos é fator essencial para uma boa educação.

Com relação à experiência dos estágios e o curso, começo dizendo que o estágio é um campo de conhecimento, ao qual se desenvolve a prática educativa indispensável à construção docente no que se refere à construção de identidade, dos saberes e das posturas necessárias as quais, certamente, ampliei durante as atividades de estágios.

Com relação ao curso de graduação em Pedagogia, só tenho a dizer que quando o iniciei, olhei para ele e fiz o mesmo que fiz para colocar uma tomada e um interruptor em meu banheiro, a experiência foi a seguinte: precisava ligar e apagar a luz, só dava para fazer encostando os fios um no outro, mas aquilo dava choque e então resolvi eu mesma instalar uma tomada conjugada (interruptor e apagador),como eu nunca havia feito esse tipo de serviço, abri um que estava pronto em outra parede, observei os fios por um tempo e pensei “o que fazer”? “onde encaixar”? Foi quando tive a idéia de desmanchar um que estava pronto para então colocar o do banheiro, assim eu fiz e deu certo, pois consegui com o padrão desligado instalar algo assim tão complexo e depois segui para as outras coisas que nunca fiz antes. É assim que o curso foi para mim, tive que desmanchar o que estava pronto para então descobrir o novo, é assim que devemos fazer quando temos uma oportunidade desta.

Termino o presente trabalho, com experiências que jamais poderei esquecer. Através de um olhar de pedagoga, vendo um educar mesmo ao observar uma simples parede, num caminhar pelo pátio, até mesmo na ruptura do silêncio entre os gritos das brincadeiras das crianças. E é com esse olhar de educadora ou de educador que devemos buscar melhores tempos, tempos de uma boa e real educação sem medo de choques, pois em qualquer situação, é tempo de educar. Poderia terminar esse artigo com uma frase bem bonita de algum poeta, mas não vou. Vou terminar com uma rima poética própria de minha pessoa dizendo para todos que ainda não sentiu o gostinho de poder transmitir seus conhecimentos para uma turma de alunos, digo bem do fundo da minha alma: “Educar para mim é satisfazer o desejo de ensinar, é matar a sede e não se molhar, é deitar na rede e não dormir, é aceitar as mudanças e não desistir, é ter que desmanchar um tapete para acertar na frente, é viajar sem medo no desconhecido sem fim”.

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